“Nariz, ai, meu nariz” já disse o artista único do Circo Sdruws, Juca Chaves. E que nariz, cá entre nós!
Mas o texto não é pra homenagear Juca Chaves — ainda que sempre merecido —, ou qualquer personagem que disponha de uma “nareba” respeitável. Se o texto homenageia alguma coisa, essa coisa é o nariz.
Mas a ideia de falar sobre uma parte do corpo humano começou quando percebi que em algumas vezes alguém nos chama a atenção e não sabemos o porquê. Pelo menos comigo isso acontece muito e não foi diferente na semana passada.
Num restaurante, me dei conta, de uma hora pra outra, que eu não parava de olhar a pessoa da outra mesa. Fiquei sem jeito, sem graça. Se eu ainda estivesse interessado … mas não era o caso. Como um ímã, os meus olhos eram atraídos para o rosto da moça, que nem era bonita o suficiente pra chamar a atenção. Mas lá estava eu, encarando aquele rosto.
Num lance, percebi! Era o nariz! Não o meu, ainda que seja uma bela bitácula.
A moça tinha um nariz perto da perfeição. O tamanho exato. Arrebitado, dando um ar de imponência, mas sem confundir com pretensão afetada. Destoava de restante do rosto, chamando a atenção para si. Um nariz com personalidade.
Não é o caso de escrever um tratado sobre o nariz, mas achei que merecia uma atenção maior. Afinal – lembrei depois – já conheci pessoas com narizes que roubam o ar ao redor, mas que no entanto, na combinação geral, fazem bonito na apresentação do visual.
Claro, há também os que estragam, totalmente, a aparência. Tem aqueles “atucanados”, que sequestram o oxigênio — e tudo que puder ser respirável — e enfeiam o ambiente.
Mas vejam só! Quem diria que o nariz consegue modificar o aspecto de um rosto, mais do que a cor dos olhos! Se nariz fosse natural de algum local, eu diria que ele é mineiro. É quietinho, na dele, não passa batom, não usa rímel, não tem cílios como moldura, mas é capaz de dar, ou tirar, o ar da graça de uma face.
Não que a boca, os olhos ou as orelhas não tenham importância. Claro que têm! Mas é o nariz que mais contribui. É ele que faz o “fechamento” da feição.
Bem, pessoal, eu acho que é isso.
Um cheiro procês!
2 comentários:
Bom.. eu confesso que me "encucou" bastante ler sobre o NARIZ.. ainda mais sobre essa ótica: o "acabamento" do rosto. É, claro porque eu não sou, lá, fã do meu nariz. Mas eu me divertí muito com seu texto, como sempre!
Abraços..
Carol Salgado
Oi Carol,
Eu também! Foi a primeira vez que me dei conta da"importância" do nariz.
Obrigado pela visita
Abraços
Silvio
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